42 ‘delegados’, um tema e um propósito: colocar os jovens a refletir sobre as questões cívicas e desenvolver o seu espírito crítico e consciência social.
Assim sendo, a Assembleia Legislativa da Madeira voltou hoje a ser palco do MadeiraMUN 2024, que segue já na sua quinta edição e que conta com a participação de alunos de seis escolas secundárias da Região nesta iniciativa que simula um debate das Nações Unidas, desta vez subordinado ao tema ‘A Educação – um direito essencial’.
A presidir esta sessão está José Manuel Rodrigues, presidente da ALRAM, que principiou a cerimónia recordando o papel fundamental da Educação na construção da sociedade, a qual não pode, dessa forma, se ignorada.
Por isso mesmo, o líder do hemiciclo madeirense defendeu uma cada vez maior aposta no ensino, à medida que o mundo se complexifica, até porque, vincou, a educação é um “elemento decisivo” no desenvolvimento das competências e da realização pessoal de cada um, mas também na igualdade entre os cidadãos, justamente porque, a seu ver, a desigualdade mais injusta é a do conhecimento, dado que se traduz numa consequente desigualdade socioeconómica.
A este propósito, não deixou também de enaltecer os largos passos dados por Portugal e pela Madeira neste campo na última década, mas lembrou que há vários problemas por resolver, avançando algumas medidas que considera serem fundamentais. Foram elas: a necessidade de continuar a combater o abandono escolar, de reduzir o número de alunos por turma, de apostar em cursos profissionais no ensino secundário e superior, de dar mais autonomia aos docentes, de assegurar a formação contínua, de aproveitar as experiências desenvolvidas na Região e ainda de concluir a digitalização das escolas madeirenses.
Já se dirigindo aos alunos, José Manuel Rodrigues pediu que estes não se juntem à geração “nem nem”, caraterizada por cerca de 300 mil jovens que nem trabalham, nem estudam, e que representam para o país um encargo na ordem dos 2 mil milhões de euros, segundo estimativas europeias.