O deputado do Chega na AR, Francisco Gomes, entende que as demissões de Patrícia Dantas e de Patrícia Cerdeira demonstram que o PSD não está apto a “combater a corrupção”.
“Não estamos a falar apenas de duas demissões, mas de duas demissões numa fase muito inicial da legislatura e por razões que preocupam, nomeadamente suspeitas de fraude e crítica às instituições cujo trabalho é fiscalizar e combater a ilegalidade, como são o Ministério Público e a Polícia Judiciária.”
Para o deputado madeirense, o facto de o governo do PSD não estar a ser criterioso e cuidadoso nas nomeações que faz não só denota impreparação, mas também compromete a sua própria capacidade para assumir, com seriedade, a luta contra a corrupção, que é, diz, “a principal bandeira política do Chega”.
“Que credibilidade tem o PSD para vir falar de luta à corrupção quando o próprio partido está envolvido em vários casos que nada abonam a favor da sua imagem? Se o exemplo começa dentro de casa, como é que podemos confiar o combate à corrupção a um partido que – quer na República, quer na Madeira – está imerso em suspeitas de compadrio, amiguismo e corrupção?”, questiona.
Mais acrescentou: “A ministra da Administração Interna (antes de assumir o cargo) atacou e perseguiu os polícias, a ex-adjunta da ministra da Justiça atacou o Ministério Público e a Judiciária e a ex-adjunta do ministro das Finanças é suspeita de fraude. Neste contexto, dizer que o PSD vai combater a corrupção em Portugal é quase uma piada que se faz sozinha.”