“Porque hesitamos em acreditar?”

A Catedral do Funchal celebra, por esta altura, a Vigília Pascal, celebração realizada na véspera do Domingo de Páscoa.

Na homilia, D. Nuno Brás começou por referir que é “verdadeiramente grande” a realidade prometida pelo Senhor, mas, ainda assim, “muito maior o que Ele já fez por nós e hoje celebramos”, tal como refere o Santo Agostinho, numa das Páscoas presididas pelo Bispo de Hipona.

O bispo do Funchal afirmou que tais palavras nos ajudam a “tomar consciência” da celebração pascal. “Porque celebramos de noite, de velas acesas, e cantamos Aleluia?”, lançou a questão.

E, perante uma plateia bem composta de fiéis, respondeu: “Vigiamos, porque essa é a atitude de cristão: de olhos abertos, fixados no horizonte, aguardando a chegada definitiva do Senhor, procurando a madrugada – não já aquela da ressurreição de Jesus, mas a da ressurreição de todo o universo”.

Neste sentido, sublinhou que a esperança dos cristãos é ter “Jesus ressuscitado” a iluminar o caminho e conduzir os crentes à “presença do Pai”. “Essa é a nossa esperança: a esperança na ressurreição e na felicidade eterna que é partilhar a vida de Deus”.

D. Nuno Brás continuou a enumerar uma série de respostas à pergunta supramencionada, abordando, nesse sentido, “o estado do nosso coração, da nossa vida e da nossa fé”.

“Uma luz rasgou as trevas da noite, e iluminou a nossa vida: a luz de Cristo vitorioso que, ressurgido das cadeias da morte, vem à nossa procura, para nos tomar consigo e nos conduzir à glória”, acrescentou.

“Facilmente duvidamos”, mas, ainda assim, o bispo frisa que um “final grandiosos para tão pobre vida” poderá ser verdade “para os santos, mas jamais para um pecador inveterado e hesitante”.

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