Neste último Domingo antes da Páscoa, e depois da bênção dos ramos na Igreja do Colégio e procissão até à Sé do Funchal, o Bispo do Funchal apelou aos fiéis que não abandonem Jesus nem o próximo.
Numa homilia em que D. Nuno Brás exortou à reflexão e introspeção, e em que a Sé se encontrava repleta de católicos, o prelado abordou a “indefinição que parece nos querer abranger a todos” no mundo atual, deu o exemplo dos discípulos na devoção a Deus, lembrou que Judas abandonou Jesus, apelando para que os fiéis não caiam “na atitude cobarde de quem foge” e que procurem corresponder a Cristo.
“Quantas vezes abandonamos Jesus porque a vida não correspondeu ao nosso plano?”, questionou o prelado, continuando: “Somos capazes de reconhecer o nosso pecado e de o chorar?”
A homilia da missa na Catedral neste Domingo de Ramos foi ainda focada na reflexão que “todos nós” devemos fazer em questões como o acolhimento dos estrangeiros e de os convidar à fé, no papel das mulheres, da “nossa coragem para cuidarmos do Senhor, da sua Igreja, do seu corpo ferido diante dos poderosos”, ou ainda sobre se “nós, mesmo longe, acompanhamos o Senhor? Como fazemos nossas as suas dores?”
Falando da “mulher anónima” que acompanhava Jesus seis dias antes da sua morte, o responsável pela Diocese do Funchal disse que “a mulher é a corporização do verdadeiro discípulo, não com palavras, mas com ações”.
D. Nuno Brás terminou, deixando um apelo aos fiéis para que “acompanhem o Senhor”, seguindo o exemplo da ajuda ao próximo.