Os motoristas da Siga Rodoeste, da CAM e da Horários do Funchal estão, hoje, em processo de luta. Ou seja, este domingo, tal como aconteceu a 25 e 16 de junho, é um dia de greve.
Contactado esta manhã pelo Jornal, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas (SNMOT), Manuel Oliveira, afirmou que a adesão “está a ser um sucesso, aliás como era previsível”. Isto mesmo apesar “das ameaças que foram feitas aos trabalhadores para que eles não aderissem à greve e, desta forma, pudessem assegurar o transporte de pessoas para o Chão da Lagoa”, denunciou.
O sindicalista refere que os trabalhadores estão a dar uma resposta à altura e aproveita para pedir desculpa a toda a população da Madeira. Um pedido de desculpas “em nome das empresas e do Governo Regional”. É que Manuel Oliveira entende que, aqui, o que está a falar mais alto, “não é saber se o transporte ao passageiro está a ser garantido. O que interessa é saber se o transporte que é para levar pessoas para uma festa no Chão da Lagoa, foi ou não conseguido. E isto é uma vergonha”, afirmou.
Não sabendo precisar a percentagem de adesão à greve de hoje, Manuel Oliveira garantiu ao Jornal, ainda assim, que o sucesso é garantido. E que está agendada uma reunião para o dia 24 com a administração da Horários do Funchal, “que alegadamente foi autorizada, agora, pelo senhor secretário da tutela, a negociar com o Sindicato”.
Considerando que as prioridades estão completamente invertidas, o presidente daquele sindicato afirma que o que fica na retina “é que vivemos numa Ditadura”.
Como “a esmagadora maioria dos motoristas que deviam fazer o serviço aos domingos não o fazem, as empresas andaram a contactar trabalhadores para virem trabalhar neste dia, que é de festa. E os trabalhadores que vão trabalhar nem sabem se o tempo de intervalo de descanso é respeitado. Aparentemente, tudo vale para que a festa não seja interrompida ou prejudicada”. O presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas entende que, num Estado de Direito e Democrático “as ameaças feitas são inadmissíveis”.
Diz Manuel Oliveira diz que o sindicato que preside representa a maioria dos trabalhadores, embora não consiga precisar números exatos.
Em causa está um aumento salarial de 20 euros.