Foi, como usual, Miguel Albuquerque a fechar a série de discursos protocolares no Chão da Lagoa.
O presidente do PSD Madeira agradeceu a “presença, determinação e militância. Ao fim de 49 anos o PSD continua a liderar a Madeira e é com vocês que vai continuar nesse caminho do progresso, três gerações juntas”.
“Somos um partido de trabalho”, disse depois para agradecer o desempenho dos TSD, mas também ao núcleo de emigrantes e núcleos de freguesia e concelhias “que vão de porta em porta dizer o que é votar no PSD”.
“A Madeira tem de ser tratada como portugueses de primeira. A República tem de assumir os seus compromissos com as regiões autónomas. Estivemos muito tempo sob os socialistas, agora e tempo do PSD tratar bem as suas regiões”, disse dirigindo-se a Montenegro.
Disse esperar “pelo Orçamento de 2026” para ver expresso esses mesmos compromissos, considerando essencial “que os custos da insularidade sejam suportados pela República”.
“Confio nele (Montenegro), nunca me enganou, mas é preciso passar das palavras aos atos”, reforçou.
Albuquerque anunciou, inclusive, que na Madeira “eu próprio vou liderar um grupo de trabalho para a revisão constitucional” pelo que independentemente “dos dossiês de Lei de Finanças Regionais” e outros, “vamos apresentar uma proposta de revisão constitucional para o futuro da Madeira”.
“Temos mais um desafio, nada que não estejamos acostumados, e o PSD vai para estas eleições para ganhar todas as câmaras da Madeira”, destacou já com manifesta rouquidão, antes de passar a apresentar cada um dos cabeças de lista às autárquicas, de forma a receberem as respetivas ovações, sucessivamente Jorge Carvalho, Celso Bettencourt, Saturnino Sousa, Luís Ferreira, Nuno Batista, Doroteia Leça, Jorge Santos, Rui Marques, Cláudia Perestrelo, Fernando Góis e Dinarte Nunes.
Nas autarquias que o PSD não governa, essas apresentações foram antecedidas de críticas às atuais gestões, nomeadamente Santa Cruz, Machico e Ponta do Sol, cada um deles sendo referidos como “concelhos que estão parados”, denotando alguma condescendência apenas para com Santana, sem deixar, contudo, deixar de registar a mais valia que diz encontrar em Cláudia Perestrelo. Na paragem pelo Porto Moniz, Albuquerque não fez qualquer referência à gestão socialista.
O líder do PSD encontrou espaço para “o domínio de 49 anos porque nós soubemos sempre adaptar aos novos tempos”, não tempo dúvidas estarem reunidas condições “para vencer os 11 concelhos”.
Na fase final, enfatizou que o segunde grande objetivo é fechar dossiês com a República. “A Madeira não pode ser um negócio para a República”, clamou.